

É um processo longo, até porque transformar um homem numa mulher dá muito trabalho. São muitos adereços: meia calça, cinta-liga, faixa para marcar a cintura, peitos, maquiagem, peruca, é muita coisa. Ao mesmo tempo, ver toda essa transformação me direciona para a brincadeira do personagem.
Quanto tempo dura esse processo?
Em média, 1h30.
Como você concilia atuar na novela e dirigir ao mesmo tempo?
Eu sempre gostei dos dois lados da profissão, mas fiz um trato. Enquanto eu tiver como Docinho, não dirijo. É uma participação que dura 16 capítulos, já gravei até a despedida dele, que se casa com um príncipe italiano e vai morar na Europa.
Você fez algum tipo de pesquisa para dar vida a um travesti?
Os meninos da maquiagem me ajudaram muito. Cheguei a ir numa festa de aniversário, na qual um deles ia se montar. Acompanhei todo o processo e depois assisti à performance. Eles me ensinaram gírias e trejeitos que fui incorporando ao personagem. Cheguei a colocar no texto alguns termos que aprendi. Também vi filmes como Para Wong Foo, Obrigada Por Tudo e Gaiola das Loucas.
Se o público gostar, Docinho não pode ganhar mais espaço na novela?
Ah, se o público gostar aí é que vai dar mais trabalho mesmo. (Risos) Mas ainda não pensei sobre isso. Estou curtindo o momento, vamos deixar rolar.