Era 3h da madrugada da sexta-feira 11, na Mokai, e eu já estava no meu quarto copo de uísque. Era tanta gente, tantos anônimos querendo ser BBB, tanta descolada querendo ser Lara Gerin, tanta Dani Winits querendo ser Jonatas Faro, que eu já tinha desencanado da presença mais VIP da noite: "definitivamente Paris Hilton não vem", pensava eu. De repente, como num toque de mágica, uma chuva lúdica de papéis picados prateados invadia a pista de dança e inundava o meu já aguado Johnny. Coloquei a mão na boca do copo e repetia para Breno Amorim, meu amigo de guerra: "que lindo, que coisa de cinema!". Mas só depois de 7 modelos da Veuve Clicquot passarem por mim em fila indiana, cada um com uma garrafa na mão com velas cintilantes na ponta, que eu percebi: aquilo era uma recepção para Paris.
E foi assim, ao som de Tik Tok, da bêbada teen Ke$ha, que eu conheci a patricinha mais famosa do mundo. Que emoção! Enquanto todos os BBBs, Laras Gerins e Danielles Winitses se aglomeravam em frente à área VIP com câmeras digitais, iphones, blackberries e afins, a pista aumentou umas dez vezes de tamanho. E eu fikei livre para mirar Paris cada vez que ela subia na poltrona e dançava daquele jeito bem Devasso que só ela sabe. Como um anfitrião, eu brindava e dedicava a ela a minha dancinha e recebia olhares curiosos da herdeira da rede de hotéis Hilton. (Sim, Paris me notou!!!) Exatos 30 minutos depois, a loira foi embora. A massa ficou carente, o bar lotou num ato de consolação e a pista voltou ao seu tamanho normal. Como num sonho, Paris foi embora e levou consigo todo seu glamour levianamente americano. Serginho Orgastic tentou suprir a carência da massa. Subiu ele na poltrona e dançou loucamente ao som de Lady Gaga. Mas longe do ex-BBB ser Paris Hilton. Me irritei! Chamei Breno para irmos embora e o convidei para o Ecletiko's, no baixo Augusta. Nada como um fim de noite ao som de SOS, do ABBA, na jukebox na companhia de uma boa e gelada DEVASSA. Salve, Paris!
