Quando eu crescer, quero ser Andy Warhol. Fato! Quem sabe as paredes douradas do Studio 54 sejam tão bafo quanto a prateada Factory... Mas enquanto essa realidade não se concretiza, eu me contento em sonhar através dos sonhos do maior e mais completo artista do século XX. Hoje em dia, tudo remete às criações de Warhol. É que, por trás de uma sensibilidade artística irônica e mórbida, existia esse culto à imagem. E o que somos nós além dessa necessidade de sempre estar bem na foto?
Só que é levemente decepcionante comprovar que um gênio como esse tinha limitações. Na exposição Mr. America, na Estação Pinacoteca, centro de São Paulo, conheci um Warhol totalmente deslumbrado com o american dream. Ele usou e abusou do culto às celebridades, dos produtos de consumo de massa e até da liberdade nova iorquina de poder, por exemplo, dar vida a sua drag em plena década de 60. Coisas que não teriam sido possíveis caso sua família não tivesse migrado do leste europeu comunista para os Estados Unidos. Mas fico imaginando como ele defenderia hoje esse american dream pós 11 de setembro? Ou quando descobrisse que o glamour de outrora de nomes como Marilyn e Jackie O é representado por (pasmem!) Lindsay Lohan?
Nenhum comentário:
Postar um comentário